Festival GRLS! é marcado por discursos potentes em final de semana com line-up composto 100% por mulheres

A primeira edição do Festival GRLS!, que aconteceu em março de 2020, virou — para muitas  pessoas que estavam presentes — a última lembrança de liberdade, alegria e contato físico antes do início da pandemia. Agora, de volta ao encontro ao vivo, a segunda edição do evento parece ter pego toda a força e energia que ficou acumulada nos anos de distanciamento social para espalhá-las pelo Centro Esportivo Tietê, que recebeu o GRLS! neste final de semana.

Os dois dias de festival, que tem como objetivo principal amplificar e potencializar a carreira de mulheres, reuniram artistas plurais, diversas e que exploram diferentes gêneros musicais. Mas se tem algo que as tornam extremamente próximas e parecidas é o anseio de colocar em palavras (e em música) a importância de lutar e cantar pelos direitos, prazeres e espaços das mulheres na sociedade.

Todas que subiram ao palco do GRLS!, entre elas Margareth Menezes, Majur, Sandy, Tinashe, DUDA BEAT e Alcione, demonstraram essa urgência durante as suas apresentações.

No dia 4 de março, sábado, o Festival GRLS! iniciou com a presença da cantora baiana Rachel Reis, que interpretou “Lovezinho” e “Maresia” (faixa que impulsionou  sua carreira). Lexa transformou o festival em um baile funk e jogou para o público “Sapequinha”, “Chama Ela” e “Combatchy”.

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Margareth Menezes foi recebida pelo público com um coro de “ministra, ministra” e entregou um show e uma mensagem potente. “Nós queremos uma sociedade diferente, cada um que está aqui é um soldado dessa mensagem. Não fiquem calados e façam a diferença aonde vocês estiverem para lutarmos pelo mundo que a gente quer”, ela afirmou.

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O reggaeton da norte-americana Mariah Angeliq foi uma grata surpresa para muitas pessoas, enquanto DUDA BEAT entregou TUDO, com sucessos, balé, participação surpresa de Laura Diaz, da Manga Negra, e até música inédita (tudo isso com direito a pôr-do-sol e arco-íris como elementos extras da natureza). A também norte-americana JoJo capturou a atenção com os seu hits “Too Little Too Late”, “How To Touch a Girl” e ainda incrementou o setlist cantando “Envolver”, de Anitta; e “Love On The Brain”, de Rihanna.

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A programação do palco principal encerrou com Sandy, que falou da alegria de estar tocando pela primeira vez, em sua carreira-solo,  em um festival. Ela preparou um show exclusivo para o GRLS!. O espetáclo teve músicas da fase solo, mas também versões de “Lugar ao Sol”, do Charlie Brown Jr., e  “All Star”, de autoria de Nando Reis, mas eternizada na voz de Cássia Eller.

Sandy, inclusive, fez questão de ressaltar a falta que Cássia Eller faz para a música e que tinha certeza que ela estaria na programação do GRLS! se ainda estivesse por aqui. O festival encerrou com a artista cantando “Quando Você Passa” e o coro de “turu, turu” preencheu o Centro Esportivo Tietê.

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O segundo dia de GRLS!, no domingo, iniciou os trabalhos com DAY LIMNS. Entre músicas autorais, como a recém-lançada “Clima”, e versões, entre elas “I Got You” e “Crazy in Love”, de James Brown e Beyoncé, respectivamente, Majur impactou o começo de uma tarde quente no Centro Esportivo Tietê. Ela aproveitou o momento especial para anunciar que está preparando um novo álbum para 2023.

Em uma homenagem muito simbólica, Manu Gavassi interpretou o álbum Fruto Proibido, lançado por Rita Lee em 1975. A cantora subiu ao palco acompanhada por uma banda composta apenas por instrumentistas mulheres, uma cena que sintetiza a essência do GRLS! e uma demonstração de que o presente da música é feminino.

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Após a norte-americana Blu DeTiger se divertir no palco tanto quanto o público na plateia, Alcione fez um dos shows mais marcantes da tarde de domingo – entregando letras e sambas de amores e desamores. A dupla ANAVITÓRIA levou o seu pop leve para a trilha do evento e convidou Manu Gavassi para retornar ao palco. Juntas, elas cantaram “Amor e Sexo”, de Rita Lee.

Por fim, a artista norte-americana Tinashe, nome mais aguardado do evento, fez um show digno de diva pop e nem mesmo a chuva diminuiu a energia e a conexão entre a cantora e os fãs. Ela concluiu a segunda edição do GRLS! com boas doses de pop, coreografias e mandou o público para casa com boas memórias que vão reverberar para além da próxima edição do festival. 

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Nos dois dias de GRLS!, enquanto os shows rolavam no palco principal, as pessoas também aproveitavam o clima de “tarde no parque” para conferir o espaço Espaço Conexões, dedicado à divulgação de seis instituições fruto do empreendedorismo feminino: BeabaInstituto Plano de MeninaLivre de AssédioMovimento Black MoneyOrientavidaRede Mulher Empreendedora

A área da Feirinha, por sua vez, contou com a presença de negócios liderados por mulheres: Ana Santiago Moda AfroAya PitayaJAZZLinusLivraria AfricanidadesPinga e  Pop Plus

A Heineken, que patrocina o GRLS! desde a sua primeira edição, montou o Palco Heineken no Centro Esportivo Tietê e, durante os dois dias de festival, o público curtiu um line-up com atrações diversas entre os shows do palco principal. Nomes como Negra Li e Peroli foram destaques na programação.

Além da Heineken, outras marcas parceiras estiveram presentes no GRLS! e contribuíram para deixar a experiência do público ainda mais completa. Foram elas: BIS, Buscofem Hot, Instagram e  Converse.

Vale lembrar que o GRLS! também gerou rodas de conversa virtuais mediadas por Ju Ferraz, sócia e diretora da Holding Clube. Com convidadas plurais, os painéis abordaram assuntos como saúde mentalliberdade financeirabeleza pluralpré-conceitosforça feminina imagem pessoal