Coletiva: Jorge Vercillo celebra a “TURNÊ JV30” comemorativa de seus 30 anos de carreira com sucessos atemporais e a anuncia a chegada do álbum “Groove Mudo”

Coletiva: Jorge Vercillo celebra a “TURNÊ JV30” comemorativa de seus 30 anos de carreira com sucessos atemporais e a anuncia a chegada do álbum “Groove Mudo”

22/02/2024 Off Por Beatriz Arasanoli

Na tarde desta quarta-feira (21), o músico, cantor e compositor Jorge Vercillo recebeu jornalistas em uma coletiva de imprensa realizada na Zona Sul do Rio de Janeiro para divulgar a turnê comemorativa “JV30”, que celebra os seus 30 anos de carreira repletos de grandes sucessos como “Ela une todas as coisas”, “Final Feliz” e “Monalisa”, entre tantos outros.

O cantor também anunciou o lançamento de um novo álbum, “Groove Mudo”, que será disponibilizado nesta próxima sexta-feira (23). O álbum é uma gravação ao vivo de um show com faixas já conhecidas do público e canções inéditas. Um teaser da turnê foi divulgado em suas redes sociais, onde o artista revisita alguns momentos marcantes de sua trajetória.

Assista ao teaser aqui embaixo:

Confira detalhes da coletiva:

A turnê “JV30″ já está em fase de ensaios e conta com mais de 10 cidades confirmadas pelo Brasil, além de duas datas internacionais com shows em Lisboa, Portugal. Durante o show, Vercillo faz questão de apresentar seus maiores sucessos, mas também inclui faixas que ele chama de “Lado B“, pois não estão sempre no mainstream, como “India de Itapuã”, “Vida É Arte” e “Tudo Que Eu Tenho”, que fazem parte de medleys, uma forma que o artista encontrou para criar pontes entre diversas partes de sua trajetória.

Um dos maiores nomes da música popular brasileira, Jorge Vercillo demonstra todo o seu carisma, vigor e a atemporalidade de suas canções, que ultrapassam gerações.

Em resposta ao UPdatePOP! o cantor respondeu sobre o fato de ser conhecido através de “canções românticas” e o desafio de falar sobre amor para a nova geração. Ele preferiu não abraçar o termo mas acredita que suas melodias trazem um tom mais amoroso e melódico porque falam do lado mais belo de suas relações e sobre a superação de obstáculos.

“Algum tempo atrás eu tinha um preconceito em ouvir a palavra “romântico” e o Jorge Mautner falou pra mim “Jesus foi o primeiro romântico, você não deve ter preconceito.” ele é uma enciclopédia ambulante. É porque romântico me remetia a Fábio Jr, Roberto Carlos, José Augusto, que são grandes artistas mas que tem um segmento muito diferente do meu embora eu também cante músicas sentimentais. O romantismo me passa uma dor de cotovelo, eu tenho algumas músicas que falam, mas eu acho que o traço forte do meu lirismo é de superação, é de ver o lado belo de uma relação por mais que eu esteja na minha vida sofrendo de alguma coisa, independente disso o traço forte da minha poética é a esperança. Então eu nunca me identifiquei com o romantismo, talvez seja por conta das linhas melódicas, que acabam atentando mais pro lado melodioso mesmo nas músicas rápidas, mas é um desafio até porque minha última música de trabalho é romântica “Só Quem Ama”.

Com mais de 10 álbuns de estúdio lançados, o cantor não se limita a um único gênero e já misturou suas faixas de MPB, Samba e Bossa Nova com diversos outros estilos, como rap e trap. Ele não descarta colaborações com novos nomes que despontam na música nacional, como o grupo de rap Poesia Acústica e respondeu o segredo de tanta vitalidade e continuar no auge mesmo após tantos anos:

“Sou um cara completo, não completo, mas feliz e no auge das minhas faculdades mentais, físicas, emocionais. Gosto muito de praticar esporte, o que eu acho que é minha sorte, porque eu acho que você consegue se conservar mais para que ande junto a mente com a alma, com o corpo. E aí com isso você se sente não tão preso no passado querendo continuar construindo.” revela.

Durante a coletiva, o artista relembrou a importância da canção “Final Feliz”, uma parceria com Djavan, que o fez ser conhecido em todo o país. A música foi gravada em um disco independente, ressaltando a importância dos artistas independentes e os desafios que enfrentaram no passado.

“Eu poderia destacar o momento da virada da minha carreira talvez com “Final Feliz”, quando eu lancei essa música em 99, com a participação do Djavan, mas principalmente por ser de um álbum independente, e antigamente essa palavra independente queria dizer maldito, sem estrutura nenhuma. Hoje em dia, graças à ação dos artistas, do mercado, o independente tem muitos caminhos, a gente democratizou, as plataformas vieram democratizar também.” disse.

Jorge Vercillo durante entrevista coletiva. / Créditos: UPdatePOP!

Além disso, o cantor abordou a questão da remuneração dos músicos e compositores pelas plataformas de streaming, destacando a importância de encontrar maneiras mais justas de remuneração. “Acho que plataformas como o Youtuber, Deezer, Spotify, estão revolucionando, e já revolucionaram à nossa maneira de ouvir música, né? E essa nova proposta, tem tudo para ser melhor ainda se a gente conseguir todos nós juntos, acharmos uma maneira de remunerar melhor, principalmente os músicos e compositores. No rádio, no segmento de execução pública, de show, rádio, TV, o compositor chega a ganhar mais do que o cantor que interpreta. Já no digital, não, o compositor ganha muito mal, e o músico nem sequer ganha, quem ganha é o produtor.” completou ele.

Para mais informações e para garantir os ingressos que já estão disponíveis, acesse o site oficial da turnê clicando aqui.