“Eu acho que a gente tem que ser livre do jeito que a gente quiser”, comenta Vitor Kley sobre liberdade criativa durante a Bienal do Livro Rio

“Eu acho que a gente tem que ser livre do jeito que a gente quiser”, comenta Vitor Kley sobre liberdade criativa durante a Bienal do Livro Rio

05/12/2021 Off Por Hellen Oliveira

Vitor Kley esteve presente na XX Bienal do Livro Rio em sua grande estreia no mundo literário. Ao lado das consagradas autoras Paula Pimenta e Thalita Rebouças, o músico apresentou seu projeto infantil “Turma do Menino Sol”. Com o tema “Em todas as Mídias”, os artistas conversaram sobre as narrativas se adaptarem em diversos formatos.

Vitor revelou que com o sucesso estrondoso da música “Sol”, o público infantil foi atingindo de uma maneira que não esperava, e com isso, o projeto infantil já era uma realidade antes mesmo de ser criado. “Eles começaram a gostar do som e foi algo surpreendente, vivemos histórias com crianças que emocionam. Um dia eu estava no aeroporto de Congonhas e passou um menino correndo apontando para mim e falando: “Mãe, olha é o menino sol!”. E então foi nesse momento que a  “turma do menino sol” começa a dar seus primeiros sinais de vida.”

Foi durante o isolamento social e o nascimento de Eva, filha do produtor Rick Bonadio, que o projeto saiu do papel e despertou a vontade de produzir em tempos que o ritmo de trabalho foi reduzido devido a pandemia da Covid-19. “Eva foi uma das grandes inspirações, foi observando a rotina e o dia a dia dela que as músicas foram surgindo. Em um dia ela jogou um pouco de comida no chão e me deu um estalo, assim surgiu a canção “Comer Pra Ficar Forte.”

Ouça:

“As canções ficaram introspectivas e tristes durante esse período isolado. Menino Sol literalmente me iluminou.  Esse projeto tem uma magia diferente, eu canto sorrindo o tempo inteiro. Criança é pura, quando eu achava que não iria fluir, não teria mais inspirações, eu recorria a Eva, mesmo que fosse apenas para observa-la dormindo”, comenta o cantor.

Se aventurando em um mundo novo na sua carreira, Vitor Kley comenta que artistas são livres para expressar sua arte de qualquer modo. “Eu acho que a gente tem que ser livre do jeito que a gente quiser. As pessoas comentam “ah, agora quer ser tal coisa”, e eu acho que a liberdade é a coisa mais linda do mundo, na liberdade a gente consegue encontrar as pessoas no jeito mais puro que elas são, assim como as crianças são. Quando vão tirando essa liberdade nossa, essa fase, a gente vai se engessando, vivendo dentro de uma caixa. Eu quero acordar um dia e está super bem da vida, cantando, escrevendo, fazendo um filme, e no outro dia quero fazer outra coisa. E tudo bem. Porque eu quero ser livre e esse é o principal de tudo, e aí que está o fio da meada para termos uma vida maravilhosa.”

E finaliza: “Eu quero acordar e dizer: “hoje eu sou livre e eu vou viver essa liberdade 100%, cada segundo eu vou ser o que eu quiser ser”, estamos aqui para isso, nossas canções, nossos temas inspiram pessoas para serem livres e fazerem o que tiverem a fim de fazer.”

Confira o projeto completo: